domingo, setembro 10, 2006

A expansão das multinacionais e a globalização econômica mundial

É nosso objetivo estar presente em todo e qualquer país do mundo, países da Cortina de Ferro, a Rússia ou a China. Nós, na Ford Motors Company, olhamos o mapa do mundo como se não existissem fronteiras. Não nos consideramos basicamente uma empresa americana. Somos uma empresa multinacional. E quando abordamos um governo que não gosta dos Estado Unidos, nós sempre lhe dizemos: "De quem você gosta? da Grã Bretanha? da Alemanha? Nós temos várias bandeiras. Nós exportamos para vários países".

(FONTE: Paulo Sandroni. Novo Dicionário de Economia. São Paulo, Círculo do Livro, 1994.)

Durante o período inicial da intensa expansão das multinacionais pelo mundo, aproximadamente entre as décadas de 1950 e 1970, a maior parte dos projetos industriais instalados nos países estrangeiros tinha a incumbência de executar em um mesmo local todas as etapas necessárias à produção de uma determinada mercadoria. Todas as etapas de fabricação de um automóvel, por exemplo, deveriam ser realizadas em uma única unidade montadora, e até mesmo os componentes (peças, motor, chassi, etc.) deveriam ser produzidos, em sua maioria, nas imediações da fábrica.

Nas últimas duas décadas, entretanto, devido à busca incessante por custos operacionais mais baixos, maior produtividade e, conseqüentemente, maiores lucros, vem ocorrendo o que os especialista denominam de fragmentação do processo produtivo. Diversas corporações multinacionais passaram a dividir as etapas de produção e montagem de uma mesma categoria entre suas diferentes filiais espalhadas pelo mundo, com o objetivo de otimizar a fabricação. Para isso, introduziram novos métodos e técnicas de gerenciamento de produção, cujo modelo também vem sendo empregado nos setores do comércio e da prestação de serviços.

Atualmente, um veículo pode ter vários de seus componentes sendo produzidos em diferentes países do mundo, desde o motor até as peças de acabamento, como bancos e pedais. Esses componentes são reunidos em uma da unidades montadoras, onde se obtém, então, o veículo finalizado, pronto para ser comercializado no mercado interno do país onde foi montado ou exportado para outros países do mundo.

Dessa maneira, uma infinidade de mercadorias, desde bens de produção (máquinas industriais, veículos e transportes de carga) até bens de consumo (computadores, aparelhos eletrônicos, roupas calçados), tem seus componentes produzidos em unidades fabris de uma mesma empresa localizadas em diferentes países.

Outro aspecto fundamental relacionado a fragmentação da produção pelas multinacionais relaciona-se com os trabalhos de terceirização de determinadas etapas do processo produtivo. A terceirização consiste no repasse de atividades de produção consideradas não-estratégicas pelas grandes corporações a outras empresas, que deverão realizá-las dentro dos padrões de qualidade imposto pela contratante.

Nesse sentido, os serviços de produção, distribuição e comercialização de uma mesma mercadoria criada por uma multinacional vêm sendo realizados em parceria com diferentes empresas, muitas vezes localizadas em países distintos.

É importante termos claro que esse processo de fragmentação e de terceirização da produção somente tornou-se possível devido è existência de uma infra-estrutura tecnológica (equipamentos e softwares para transmissão de informações em tempo real, veículos especializados para transporte de cargas e passageiros, máquinas e equipamentos industriais de precisão) desenvolvida sob o comando da atual Revolução Técnico-científica.
O esquema abaixo constitui um exemplo de fragmentação do processo produtivo de uma multinacional do setor de aviação.
(FONTE: BOLIGIAN, Levon. Geografia: espaço e vivência. São Paulo: Atual, 2004, p. 271-272)

9 Comments:

At 10:38 AM, Anonymous Anônimo said...

doreiiii♥ tudo a vê com que eu estou estudando" concerteza vai me ajuda muito♥ By: Sbruna

 
At 7:46 PM, Anonymous Anônimo said...

obrigado msm tenho uma prova amanhã e isso cai me ajudar muito. obrigado.

 
At 5:40 PM, Anonymous Bené Notícias said...

Eu vou fazer um trabalhoq tem tudo haver com isso,e irá me servir bastante.Valeu.

 
At 9:52 PM, Anonymous Anônimo said...

:)

 
At 9:57 PM, Anonymous Anônimo said...

Muito boom , vai m ajudar nuito com um seeminario q vou apresentar amanhã! <3 :-) #Bjux ' emyle Gabryele ' ,, me segue no insta => @emyllegabryelle"

 
At 9:58 PM, Anonymous Anônimo said...

Muito boom , vai m ajudar nuito com um seeminario q vou apresentar amanhã! <3 :-) #Bjux ' emyle Gabryele ' ,, me segue no insta => @emyllegabryelle"

 
At 9:59 PM, Anonymous Anônimo said...

Muito boom , vai m ajudar nuito com um seeminario q vou apresentar amanhã! <3 :-) #Bjux ' emyle Gabryele ' ,, me segue no insta => @emyllegabryelle"

 
At 4:12 PM, Anonymous Anônimo said...

ei quem escreveu isso é professor?
porque ta muito bom

 
At 8:37 AM, Blogger Donarte N. dos Santos Jr. said...

Sim!!! Quem escreveu isso foi, ou melhor, foram professores... Mas, não foi o presente autor.
Aliás, o texto está devidamente creditado, citado, referenciado, a saber, repetindo:

- SANDRONI, Paulo. Novo Dicionário de Economia. São Paulo, Círculo do Livro, 1994.


- BOLIGIAN, Levon. Geografia: espaço e vivência. São Paulo: Atual, 2004, p. 271-272

 

Postar um comentário

<< Home